Shows gratuitos na Praia de Copacabana, como o da Lady Gaga em 2025, não são apenas espetáculos memoráveis — são também grandes lições para quem organiza eventos, sejam eles acadêmicos, corporativos ou culturais.
Em 3 de maio de 2025, Lady Gaga subiu ao palco montado na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, diante de aproximadamente 2,1 milhões de pessoas. O show gratuito se tornou o maior da carreira da artista e um dos maiores da história do Brasil, colocando Copacabana novamente no centro do cenário mundial de megaeventos — como já havia acontecido com os shows dos Rolling Stones (2006) e Madonna (2024). Esses eventos não apenas movimentam multidões, mas também oferecem insights valiosos para quem trabalha com organização de eventos. Da logística à experiência sensorial, cada elemento pode — e deve — inspirar o universo dos eventos corporativos, científicos, educacionais e híbridos.
A apresentação de Lady Gaga foi dividida em cinco atos e definida pela equipe criativa como uma “ópera gótica tropical”, com figurinos temáticos, iluminação cinematográfica e elementos que dialogaram com a cultura brasileira. Mesmo em um ambiente aberto, o show conseguiu criar uma experiência imersiva, visual e emocional.
O que isso ensina para eventos menores?
A importância de uma identidade visual coerente com o tema, o uso de recursos sensoriais — como iluminação, sonoplastia e ambientação — e a criação de momentos de imersão mesmo em estruturas simples.
Na parte operacional, o evento mobilizou mais de 5.000 agentes de segurança e contou com tecnologia de monitoramento, controle de tráfego e organização de acessos. Cada detalhe da operação foi pensado para garantir segurança e fluidez ao público recorde.
Mesmo em eventos menores, vale aplicar:
- mapeamento de fluxos de entrada e saída;
- comunicação visual clara;
- parcerias com órgãos de segurança e saúde.
No entanto, nem tudo foi perfeito. Apesar da grandiosidade, o evento recebeu críticas pela falta de acessibilidade. Pessoas com deficiência relataram dificuldades para chegar ao local, encontrar espaços reservados ou se locomover entre a multidão. O episódio mostra que acessibilidade ainda é um desafio que precisa ser tratado como prioridade.
Leia também: A Logística por Trás de Grandes Festivais: O que Você Não Vê
Para qualquer tipo de evento, a recomendação é:
criar áreas de fácil acesso e visibilidade, garantir comunicação acessível (com sinalização, intérpretes de Libras, legendas) e consultar profissionais especializados já na fase de planejamento.
Outro ponto forte foi o engajamento digital. A presença de Lady Gaga no Brasil movimentou as redes sociais: o evento figurou nos trending topics do X (antigo Twitter), rendeu milhares de vídeos no TikTok e relatos emocionados no Instagram. A experiência começou antes mesmo do show e seguiu por dias após o encerramento.
Isso prova que vale a pena investir em estratégias de conteúdo pré e pós-evento, incentivar o compartilhamento com hashtags e QR codes interativos e criar espaços “instagramáveis” durante o evento.
Por fim, o impacto econômico também foi gigantesco. Segundo a Prefeitura do Rio, o evento gerou cerca de R$ 600 milhões para a economia da cidade, movimentando turismo, comércio e a rede hoteleira, além de fortalecer o legado cultural da cidade.
Pequenos eventos podem — e devem — incorporar essas lições:
- estabelecer parcerias com o comércio da região;
- incentivar o turismo de eventos;
- fortalecer a economia criativa;
- pensar no impacto do seu evento para o território onde ele acontece.
Os megaeventos em Copacabana mostram que, com criatividade, organização e estratégia, é possível oferecer experiências memoráveis mesmo em espaços públicos. Mas também deixam alertas importantes: a necessidade de priorizar acessibilidade, planejar cada etapa com antecedência e dialogar com o público antes, durante e depois do evento.
Se você organiza eventos acadêmicos, científicos ou corporativos, essas lições podem transformar a forma como você pensa e executa cada detalhe. Na Evene, você encontra as ferramentas ideais para criar, divulgar e gerenciar eventos com foco na experiência do participante.