Do baile funk à multidão no Coachella. Do axé elétrico do trio à energia do Alok no Tomorrowland. A cultura brasileira não só atravessou oceanos — ela também virou tendência. Nos últimos anos, artistas do Brasil vêm ocupando espaço nos principais festivais do mundo, levando ritmo, identidade e novas formas de viver um evento. O que isso muda? Muita coisa. Inclusive a maneira como o mundo inteiro organiza e consome experiências ao vivo.
Não é de hoje que o Brasil exporta talento, mas a presença de artistas brasileiros nos line-ups internacionais tem sido cada vez mais frequente — e estratégica. Em 2022, Anitta escreveu mais um capítulo da sua história ao ser a primeira brasileira a se apresentar no palco principal do Coachella, nos EUA. O show foi um espetáculo multicultural: passistas, bandeira do Brasil, baile funk e até coreografia em cima do paredão.
Já o DJ Alok é nome fixo em festivais como Tomorrowland e Ultra Music Festival. O set dele mistura EDM com elementos de sonoridades indígenas e brasileiras, provando que dá pra ser global sem perder as raízes.
O que isso muda nos eventos?
A entrada da cultura brasileira nos palcos internacionais não é só representatividade, ela influencia diretamente o formato e o sentimento dos festivais:
- Mais diversidade nos line-ups: a presença de estilos como o funk, o piseiro, o tecnobrega e o trap BR abriu espaço para sonoridades fora do eixo Europa/EUA.
- Performances com identidade: o visual, o figurino, as narrativas cênicas trazem o calor e a criatividade que são marca registrada do Brasil.
- Interação com o público: os shows brasileiros são mais participativos, com danças, coros, e uma energia de comunidade que inspira eventos a repensarem o distanciamento palco-plateia.
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E o que isso tem a ver com você, que faz (ou ama) eventos?
Se o mundo está olhando pro Brasil, o seu evento também pode fazer isso. A estética, a música e o formato dos shows brasileiros inspiram produtores do mundo todo e você pode trazer essa energia para suas próprias produções.
Pensa num palco com roda de samba e grafite ao vivo. Um line-up que começa com uma banda local e termina com um set eletrônico de favela. Ou até num sistema de venda de ingressos que conecta público e artistas de forma mais direta e descomplicada tipo o que a Evene já faz hoje.
A cultura brasileira está moldando o futuro dos festivais. E se você organiza, participa ou consome eventos, já faz parte dessa transformação. Chegou a hora de dar palco às nossas referências, misturar sonoridades e reinventar experiências. O mundo já entendeu o poder do Brasil. E você?